Altoé, Geraldo

POESIAS

Textos

A DANÇA NOS ANOS SETENTA

Eu tenho no meu peito um grande amor
No túmulo de minhas alegrias,
E sempre vou revê-lo quando o albor
Acende as minhas doces fantasias.

De tanto reviver o amor vivido,
De tanto me fingir ser um sonhador;
De tanto eu apenas ter sofrido
Não justificaria a minha dor.

O que dói mesmo em mim são as orquestras
Tocando as melodias preferidas,
Fazendo me lembrar naquelas festas
Uma paixão que eu guardo escondida...

Dançava, e em seu umbro reclinado
Balbuciava amor em seus ouvidos
Como se fora nós enamorados.

E como dois amantes comovidos
Dançávamos nós dois, e sem pecados...
Nós éramos apenas dois ouvidos.

14/09/2018
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 14/09/2018


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