SONETO PARA UMA LIND MENINA
Lá vem a Inês ali cá na quitanda, E eu já destroçado pelo amor Desmaio na ternura, com as pernas bambas Eu vou de encontro a ela ao corredor. Pareço desmontar naquela hora. Meu pai logo pergunta: tudo bem? Eu digo: - Tudo bem, papai, agora. Faceira ela procura algo, e vem Com as maçãs nas mãos para eu pesar, Meus dedos tocam os seus, dóceis, pequenos, Seu tato faz meu corpo levitar. E ela ainda discorre: estás tremendo! Não sei porque menti ao retrucar. E assim fiquei, mais uma vez, sofrendo. Geraldo Altoé Serra 08/05/2018
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 08/05/2018
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