AS DORES DE QUEM AMA
Olha, Inês, ali naquele canto Dois namorados, que conversam eles? Fitemos os dois ali, ela em prantos Parece desabar num pesadelo... Não olham-se nos olhos, nem as mãos Não fazem nas carícias seu labor, Há duas que suplicam, duas não, Não sei se é litígio ou se é o amor... Depois ao ombro dele deita a face, E ergue o olhar aos olhos que disfarçam. Um peito destroçado pelo amor, E o outro não se abate e em bruto faz-se, E o fim é inevitável, e assim renascem Dois peitos divididos pela dor. Serra 28/01/2018 Geraldo Altoé
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 27/01/2018
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