UMA INCÓGNITA
Andava, nas miragens do calor A estrada ressequida pelo tempo Trazia em meu olhar novos intentos, E eu buscava ali o meu amor... E era o meu amor, tudo o que eu via Não era a ilusão, mas era a flor, O encantamento, o riso, a alegria... Era um sonho talvez de um sonhador. Miragem era apenas de criança... Mas era mais que isso: uma dor Nas dores que ainda guardo por lembrança... Repetem-me palavras de horror, Palavras que ouvi, e foram tantas Que ferem ainda mais o meu pudor.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 15/02/2017
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