AMOR CEGO
Colhes o meu pranto, Como na sangria da rês O rubro líquido de uma dor... Não te apiedas do meu martírio... Atinge-me o adunco gume de tua espada Nas frases que me ferem... Tua língua tem perfume e tem veneno... E ao teu amor impuro me condeno, E a minha dor se cala Nos teus rudes beijos. E ainda me atormentam Na fome de tua carne, meus desejos... Acorrenta-me o laço de minhas paixões, E no cárcere desse amor, me entrego em vão.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 25/07/2007
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