Sonhava, Inês, que estávamos na alcova
Para minha mãe.
Sonhava, Inês, que estávamos na alcova E vinhas de um banheiro seminua... Fitava-te. Em pétalas de rosas Iluminava o corpo teu, a lua: Beijava-te dos céus pela janela. E então destes dois passos, outros três; Ali fiquei sem fala, minha Inês. Tu ainda eras mais doce, e mais bela... Inês, Inês, bem sabes que judias, Mas quão doce é a dor ao ver-te assim. Tu sabes ser humana, e ser poesia... Conheces bem do amor o início e o fim. E então podes me dar outra alegria... Mas morre um outro amor que tenho em mim.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 01/09/2016
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