A INCOMENSURÁVEL DEUSA.
Quem pode te vencer, ó musa ingente, Em noites de luar, num olhar de amor, Nos olhos de uma mãe vendo um inocente Sentindo o seu amparo e o seu calor. Quem pode te vencer, Vendo a cascata... E em margens borrifadas, meiga flor... Chamam-te poesia, tens a dor No doce refletir de uma sonata... Quem pode te vencer se a dor é doce, É misturar-te ao pranto com o albor... Te chamam de poesia como fosses Apenas sentimentos sem valor... Tu és a poesia, deusa ingrata Inatingível ao parco trovador.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 05/02/2015
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