A NOITE
Ó noite, calma noite, ainda persistes Em me afagar com a brisa os meus cabelos... Não há porque ficar assim tão triste: Careces de buscar em mim desvelos? Se te fitares, céu, tens as estrelas, E a lua logo vem te visitar; E as pétalas das flores podes vê-las E os sons das vagas tens ali no mar. Não deves te ficar tão deprimida Com todas as belezas que te faz. Minha alma a tenho aqui tão dividida, De nada te careces, nem de paz. De tudo me careço nesta vida, Só tenho a brisa fria que me dás.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 30/08/2014
Alterado em 02/09/2014 |