NAS ENTRELINHAS
Um homem encontrei numa tapera Ruído pelo tempo, um ancião: - De um velho qual o senhor o coração Já nada tem nos sonhos, nada espera! O velho então olhou no meu olhar, Mexeu no seu chapéu, sentou-se em um banco... Seus rosto parecia lagrimar, E nada disse ele, lá de um canto Puxou dali um pano: Um vestido: De tanto ser usado fez-se em trapos... Levou-lhe ao olhar já comovido... E retirou do bolso um retrato. Não sei se a palavra era preciso Pra definir a dor desse mulato.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 08/04/2014
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