Altoé, Geraldo

POESIAS

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A MELHOR IDADE DO HOMEM...

Houve-se dizer por aí que a melhor idade do homem é a terceira-idade. Puxa! ¨ pensei ¨ se eu chegar à terceira-idade!!! Éh!... Deve ser bom mesmo!... Aos cinqüenta, eu ainda sou lobo, e acho que a melhor idade é de cinqüenta aos setenta; justo porque é quando o lobo perde os dentes, e valoriza as lebres que come. Até diria que a melhor idade é quando se pode comer lebres.
Nas palavras de Platão, Sócrates já dizia que o homem velho se livra da tentação do sexo, e mostra-se muito contente com aquela situação. Éh!... Para mim, é um absurdo!... Mas... Mas pensando bem, acho que... Não acho nada, o homem velho, é como um lobo velho que perdeu os dentes. As lebres perdem o medo desse lobo, e o tratam como um ser inofensivo. O lobo, sem dentes, acha imprescindível cheirar as lebres, que o rodeiam, sem a menor cerimônia.
O homem  novo é como o lobo jovem, só pensa em comer as lebres, e elas, vivem fugindo. Há  de tudo: aquele olhar sobre o muro... Olhar de lobo sobre uma lebre na casa ao lado. Aquele olhar no bumbum da lebre que passa... aquele olhar nas mamas suculentas; nas pernas cruzadas...
Éh!... Acho que esses lobos velhos, são mesmo, velhos lobos.

Geraldo Altoé
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 02/03/2007
Alterado em 28/08/2007


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