ALQUIMIA
Faço meu poema, como quem jorra sangue, Como quem pare na dor o seu rebento... Como quem crava o próprio peito Para anunciar o seu lamento... E o poema sinto-o nascer... E seu umbigo ainda o tenho preso a mim Quando me apascento. E ouvindo seus lamentos, Eu me renovo... Depois eu o abraço, quando estou sozinho, E bebo em sua boca o mesmo vinho, Para não me sentir só. Geraldo Altoé
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 28/02/2007
Alterado em 28/08/2007 |