O VIVER
Enfada-me o vento que uiva,
O zéfiro que me faz cócegas com os meus pelos esvoaçantes; Enfada-me o vislumbrar tétrico das manhãs de sol. Enfada-me o amor de tão mesquinho que se faz... De tão imundo que se faz num peito mendigo. Não há glória e nem paraíso, Nada há em se vivendo apenas. O sonho é a vida; a vida é o sonho. Em cada porta, Em cada estrada, há apenas o não. E viver é quebrar esses nãos. Enfada-me quebrar nãos!
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/02/2010
Alterado em 27/02/2010 |