A LUTA CONTRA A DOENÇA
Neste jugo fatal em que estou preso Jogado ao mais puro desencanto, Banhado pelo amargo de meus prantos, Carcomido aos poucos pelo medo, Contrário à lenda, invisíveis monstros, Carnívoros terríveis me consomem Na mórbida contenta em que me encontro. Abutres de Prometeu mortos de fome. Mas não me entrego à luta da jornada, Qual Dom Quixote, vou seguindo a diante Não obstante as feridas das pancadas. Eu vou seguindo, mesmo lamentando, Tecendo o susto em versos desgraçados, E, confiante em Deus. Vou ser curado.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 13/02/2010
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