Quando estou esculpindo
E  toco a pedra em que o entelhe
Ostenta a tua forma pontiaguda,
Pareço ver-te ali.
Com meu pincel desenhando  ali na arte,
Pareço estar tocando as doces partes
Que existem em ti.
Todo escultor, Lisipo e outros tantos...
Um Aleijadinho em seu encanto
Buscava sentimentos...
Eu quando escrevo apalpo os seios
Que em brumas e lençóis se escodem ao meio
Das minhas fantasias...
Escrevo como quem faz um carinho,
E o doce vou bebendo desse vinho
Que a minha alma inebria,
Qual todo artista, vou mordendo a fruta,
A arte namorando em minha  labuta
Que faz-se em poesia.