A NOITE
É uma pétala enorme o firmamento Pintada sobre a tela do infinito Que o artista fez ali... Na rubra tinta que o ocaso acende Matiza o turvo entre o vale e o monte, E a pálpebra se fecha no horizonte... E o gado vem dormir... Os pássaros se trocam para os ninhos E acordam os noturnos passarinhos Que a mata esconde além... Os gonzos rangem, fecham-se as cortinas, E sonham nas varandas as meninas Querendo um amor também... E a noite estende o véu nas serranias E incuba o amanhecer do novo dia Que noutra aurora vem.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 16/12/2008
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