SE O AMOR NOS VEM
Quando a paixão de um homem como um círio aceso Na alma fria vela a solidão, Cai-lhe a cera dos olhos derretida em prantos, Do pranto cai-lhe a dor que esmaga o chão. E tudo é sofrimento... É essa a alma uma ave triste Que perdera o canto... Mas quando a namorada pega esta pobre ave E acolhe-a em seu seio, sob o farto manto, Quando dá-lhe os braços, Quando dá-lhe amor, Sai do casulo da tristeza o homem. Qual ave agora que secou suas penas, O homem faz a corte da morena, Traz presentes e flor. Parece levitar num paraíso, Reage a tudo em volta com o sorriso Que desvanece a dor.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 16/12/2008
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