DA SOLIDÃO
O homem sem amor é como o córrego ao vale silencioso, Flores jogadas num deserto Onde as tardes vêm dormir graves e insípidas... Pois que o amor na alma é o xerez nos cálices Vem ali a virgem e bebe do bálsamo Que perfuma a primavera... E a tudo faz divino E eterno. Ao solitário não há razão nas flores... Tudo perde o sentido... A lua do deserto e os pélagos profundos São o seu abrigo... As choças à beira do caminho são tundras sem flores... São aves sem cores... O amor é a alma que dá vida, É a lira dos luares, O canto das sereias Na amplidão dos mares...
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 12/12/2008
Alterado em 12/12/2008 |