Altoé, Geraldo

POESIAS

Textos

DA SOLIDÃO

O homem sem amor é como o córrego ao vale silencioso,
Flores jogadas num deserto
Onde as tardes vêm dormir graves e insípidas...

Pois que o amor na alma é o xerez nos cálices
Vem ali a virgem e bebe do bálsamo
Que perfuma a primavera...
E a tudo faz divino
E eterno.

Ao solitário não há razão nas flores...
Tudo perde o sentido...
A lua do deserto e os pélagos profundos
São o seu abrigo...
As choças à beira do caminho são tundras sem flores...
São aves sem cores...
O amor é a alma que dá  vida,
É a lira dos luares,
O canto das sereias
Na amplidão dos mares...
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 12/12/2008
Alterado em 12/12/2008


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