CASTIGO DE PROMETEU
Olha aquele artista que labuta ao monte
Talhando aquela estátua ao sol ardente. Há em seu braço um feroz abutre Em cuja entranha o animal se nutre Daquela arte ao sol... É deplorável a expressão do rosto Cravado nessa pedra em que foi posto Aquele pobre ser... Igual a este vejo tanta gente Amarrada em uma pedra incandescente, Sem poder sair... São como a estátua que o artista molda Preso em uma pedra pela solda Do vício que eles têm. E por abutre há um bando ativo Roubando-lhes a saúde, os bens, a vida, Até o último vintém.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 28/11/2008
Alterado em 28/11/2008 |