A DANÇA NOS ANOS SETENTA
Eu tenho no meu peito um grande amor No túmulo de minhas alegrias, E sempre vou revê-lo quando o albor Acende as minhas doces fantasias. De tanto reviver o amor vivido, De tanto me fingir ser um sonhador; De tanto eu apenas ter sofrido Não justificaria a minha dor. O que dói mesmo em mim são as orquestras Tocando as melodias preferidas, Fazendo me lembrar naquelas festas Uma paixão que eu guardo escondida... Dançava, e em seu umbro reclinado Balbuciava amor em seus ouvidos Como se fora nós enamorados. E como dois amantes comovidos Dançávamos nós dois, e sem pecados... Nós éramos apenas dois ouvidos. 14/09/2018
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 14/09/2018
|