Altoé, Geraldo

POESIAS

Textos

ESSE VENENO QUE SE CHAMA POESIA

Como quem vomita eu escrevo meus versos,
E não há remédio pros meus desalentos.
Devoro as flores com os olhos imersos
No espelho da alma, engulo o vento,

Há um fogo que arde nas minhas entranhas,
E a estrada onde eu vim eu deixei no passado,
Só trouxe comigo farinha e um fardo
Com os trapos que servem se o frio me apanha.

São apenas meus versos que dentro intumescem
Minha alma faminta de sonho e de fé,
Seguindo e sonhando fazendo minha prece

Eu piso a estrada sem rumo se quer.
De tudo minha alma se livra e esquece,
Mas cuspo a poesia que molha meu pé.

Serra, Espírito santo, 05/06/2018

Geraldo Altoé
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 05/06/2018


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