SONETO PARA UMA DEUSA
Tu que és da beleza tão freguês Que invade este teu rosto tão divino, Pintada pelo acaso do destino, Copiada com o olhar, rosto de Inês. Nada invejas, nem a flor e o canto Que acorda o amanhecer lá na floresta; E quando pelas ruas simples andas Mais fantasia às flores tu emprestas... Nem a cascata. Quando chegas perto As águas murmurantes fazem um canto, E a cascata ali vira um deserto... Nem a mais bela arte, nem a aurora Competem os olhares se apareces: Os olhos são só teus naquela hora.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 05/04/2017
Alterado em 05/04/2017 |