A PROCELA
Não tem amor a lúgubre procela, Nos vendavais há fúria, dor e medo. Quem vive vendavais sabe o segredo Dos ventos que ressoam em suas velas... O mar é a imensidão, e aqui estamos, E as vagas rotas correm como loucas Serpentes a rolar sobre o oceano, A nau ressurge ao baque, enfrenta a proa A fúria de Netuno, e ao alto, irado, Um outro deus com a espada incandescente Dos céus faz dois pedaços separados... No mar a tempestade assume o leme. E o nauta clama aos céus pelos cuidados, Chora, reza, respira fundo e treme. Geraldo Altoé
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 19/01/2017
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