A ROTINA DAS TARDES
Tarde, tarde calma, e sonolenta...
O zéfiro ressoa e eu perscruto A frouxa luz que aos poucos se ausenta. E no horizonte triste fez-se o luto. São horas doces, horas de ternura Que adentram nossas almas como um raio Que aos poucos se esvai, não mais fulgura No palco da ilusão em que desmaio. A noite vem, e tudo vem com a noite: São lágrimas num séquito de dor, São virações, abismos, leve açoite Num desprender perfume de uma flor... Contudo enturveceu. E o lírio afoito Esquece do arrebol que viu se por.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 19/07/2016
Alterado em 19/07/2016 |