CAMINHOS
Ando como quem apalpa o escuro... Mas há um caminho ornado por flores negras, E o som é o eco trágico dos muros... Contudo além de mim há um degredo E uma esperança à sombra do futuro... Levo um fardo comigo, levo a vida Que tanto tem me dado desconforto... Levo a pele lisa sem o sorriso, E a fome dos desejos divididos Dentro da alma que vai presa em meu corpo. Além tudo é sombrio, tudo me assusta. Não levo um lume sequer para meu guia. Não tenho o que plantar, tudo é infértil. Mas mesmo assim eu vou, busco um outro dia, Talvez outro talvez na minha luta.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 28/01/2016
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