Altoé, Geraldo

POESIAS

Textos

MORTE PREMATURA


Chegou o meu fim: estou morto...
Coveiro faça o trabalho!
Certifica o tabelião.
Pessoas choram; outras não:
Não chore não, fui feliz!

Mas há quem teima e chora.
Mesmo sem nada dizer
Eu faço um shou nesta hora...
Faço um sarau, quem diria?
Não tenho dor nem alegria
Mas há quem vê a poesia
Que meu silêncio deflora.

Não me proclamem defunto:
Estou ao lado do corpo.
Sou um coitado adjunto
Que mais parece estar morto...
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 06/10/2013


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