Altoé, Geraldo

POESIAS

Textos

DOIS ENTES, UMA DOR



Se eu olhasse para nim, fitando-me no espelho,
E com os olhos vermelhos me visse lá dentro...
Não quisera entender esse meu desespero,
Não quisera entender porque tanto eu lamento...

Sou feliz, como as aves da calma floresta,
Como a doce donzela que espera o porvir.
Sou feliz como a harpa que modula nas festas,
Eu não prezo a tristeza, gosto mesmo é de rir...

Mas em mim há um ser que no espelho me fita,
Ele não acredita que eu seja assim.
É um poeta, um louco, talvez um artista...

Talvez ele veja o que eu não vejo em mim...
Mas se ele me fala, comove-me, e excita,
E o seu pranto se junta ao meu pranto por fim.






Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 02/04/2007
Alterado em 28/08/2007


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