VIRAMBREXE
Tive apenas o medo, nada mais que o medo, E eu criei no medo o meu destino... De palavras doces fiz minha alvorada Em meio ao meu medo e ao meu desatino. Na tua alma fiz a minha moradia Para que eu vivesse no meu desencanto... E do orvalho fiz o meu doce pranto Pensando na doçura de um novo dia... E fiz no teu olhar a aurora perdida... Na tua boca eu fiz mais uma quimera... Fiz a flor mais linda viver esquecida Nos jardins de ouro de uma primavera... E dos escombros fiz uma nova vida, E fiz no desencontro minha nova espera.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 15/02/2013
|