O FEIO
Deitas-te, e enfada-me teu ódio... Bem posso te buscar alguma flor... E anjos tu não vês do altar ao pódio? Não vês que eu estou cheio de amor? Às finas vestes já deslizam dedos... Da boca te corteja meu vapor... E tudo tu renegas em segredo... Que causa tu terias pra essa dor? Ninguém pode ao outro ser cruel! E ao refletir-te aos olhos meu horror Eu bebo junto a ti o mesmo fel... E nesse extremo sigo, nesse extremo Eu vou representando meu papel: Querendo ser maior, e sou pequeno.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 07/01/2013
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