COM O PASSAR DO TEMPO
Aos auspícios da noite, ingrata musa, Doutos fantasmas vêm bater-me à porta... São ilusões perdidas, sonhos mortos Que assombram minha alma já confusa... Passam por mim sarcásticos duendes E o espectro do amor já sepultado, E assombra-me a esperança revelada em Defuntos que o meu peito já não sente... Perdi pelos caminhos muitos sonhos E a plástica morrera de uma flor, E apenas em lembranças me componho... Das mortes mais funestas que eu tive Tortura-me o fantasma de um amor. E apenas da libido sobrevivo.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 19/08/2012
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