ONDE A DOR SE MANIFESTA
E davas de mamar... Nas minhas tetas Alimentei a fúria dos desejos, Bebias nos mamilos o ensejo De um alimento farto e obsoleto... Comi na tua carne o teu perfume; Bebi nos lábios teus o mel mais puro; E ao quarto nupcial do teu ciúme Em teu veneno ouvi o meu futuro... E eras o engodo de meus dias, A minha ilusão eras também... E ao parque da ilusão em que eu vivia Dirias que o amor faria o bem. Mas se estava a sós, o que eu ouvia... Dizias que eu apenas sou ninguém.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/06/2012
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