TENTANDO ESCULPIR O AMOR
Luto muito, mulher, para talhar Este teu rosto tão divino e puro, E talho os olhos teus, depois procuro A beleza que existe em teu olhar: Não consigo fazer tanta doçura. Por mais que eu me esforce em lapidar, Não acho esse brilho e a cor do mar; E nem posso imitar tanta ternura. Invoco então Lisipo e Aleijadinho, Que belas esculturas deram ao fim: Nem eles me mostraram o caminho. Não há como esculpir a tua graça, O teu sorriso lindo, a tua face; Nem esse teu andar que me embaraça.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/12/2006
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