NOITE... SOLITÁRIA NOITE
Eu tenho o amanhecer como um sineiro Que dobra o esmaecer da noite fria Em que eu dormi sozinho. Pensava em ti... enquanto a madrugada, Num incômodo silêncio... me velava Seguindo seu caminho. Pensava em ti... e foram teus caprichos Repetindo para mim os compromissos De nunca mais me ver, E ouvindo as palavras repetidas, E todas dividindo nossas vidas, Não pude me conter... A noite lentamente foi passando, E ali no quarto, o pranto fui deixando Cair dos olhos meus. Até que veio, em fim, um novo dia, Como um triste dobre que anuncia Que a noite já morreu.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 23/12/2006
Alterado em 25/12/2006 |