TUA NUDEZ NA TELA
Vendo-te, assim, enquanto eu pinto A sombra de teu púbis nesta tela. Os seios róseos na roupa mal despida Que o misturar da tinta me revelam, E um olhar de claros olhos, bem distintos, Exposto sensual ao meu papel. Vendo-te, assim, e estando a sós, Sem haver ninguém junto de nós, Com estas vestes jogadas como adorno, Com esses lábios bonitos, e esses contornos, Penso em beijar-te. Mas volto a pintar teu olhar azul, E afagando na tela o corpo nu, Vou em prol da arte.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 21/12/2006
Alterado em 28/08/2007 |