MULHER DE NINGUÉM
Cantava a serenata, era ainda cedo, Mas o luar de prata vinha nas colinas. Os olhos de Larissa eram tão divinos No festejar da noite. Ouvi de um mancebo: Quem é esta mulher com ares de menina? Respondeu-lhe o amigo: É minha namorada! Ficou ali um suspense enquanto ela chegava, Mas sobre os ombros dele a mulher se inclina... O outro não entendia aquele amor profundo E a pegou nos braços e a levou em beijos, Eu sei que tu não amas, disse o vagabundo... O outro não entendia, a mulher também... A verdade é que ninguém sabia que no fundo A mulher que queriam era de ninguém.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 21/09/2011
|