Altoé, Geraldo

POESIAS

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MULHER DE NINGUÉM



Cantava a serenata, era ainda cedo,
Mas o luar de prata vinha nas colinas.
Os olhos de Larissa eram tão divinos
No festejar da noite. Ouvi de um mancebo:

Quem é esta mulher com ares de menina?
Respondeu-lhe o amigo: É minha namorada!
Ficou ali um suspense enquanto ela chegava,
Mas sobre os ombros dele a mulher se inclina...

O outro não entendia aquele amor profundo
E a pegou nos braços e a levou em beijos,
Eu sei que tu não amas, disse o vagabundo...

O outro não entendia, a mulher também...
A verdade é que ninguém sabia que no fundo
A mulher que queriam era de ninguém.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 21/09/2011


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