À ALMA QUE AMA
Não posso acalentar nestes meus versos A alma ao colo vil da ilusão, Descansa ali, talvez, nas mão perversas, Um ser dado ao silêncio e solidão. Pobre alma que sonha, ainda perdida, E nas vis tardes ainda vê passando As aves que retornam ao ninho em bandos, E encontra neste ciclo nova vida. Pobre alma, as aves têm futuro... O escuro tem lugar nas alvoradas; As alvoradas têm lugar no escuro... Mas nada se compara aos teus lamentos, Tu vives só pensando na amada, Nem sabes que a dor é o teu alento.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 21/09/2011
|