NO PLANGER DA VIOLA
Ouve a viola que toca à beira da estrada?
Quão plangentes são feridas as tristes cordas! Que dor sente ali aquele desgraçado? Ele perdera o amor, nesta hora acorda: Bebera a noite inteira pelo amor perdido, Perdera tantas horas lamentando a dor, Ouvira confidência, Ilusões contidas, Nada há em seu peito, nem aurora, nem flor... E eu o ouço, sentado aqui neste banquinho, Malgrado o tempo perdido eu me iludo Ouvindo o infeliz à beira do caminho... E aqui neste terceto eu digo que o ouvia Parado na estrada e, sentia aquilo tudo Que o triste violeiro lá dentro sentia.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/05/2011
Alterado em 27/05/2011 |