DEPOIS DE UMA NOITE COM LUCÍOLA
Imaginava-te, Lucíola, debruçado em minhas mãos, Que os pomos de teus seios eu apertava. Eu não estava aqui neste silêncio: No negro manto da noite é que eu estava, Pensando nos teus beijos, Beijava-te, os lábios lúbricos Na minha boca, o amor me alimentando. Os desejos garimpados no teu corpo Fluía em minhas mãos, qual diamantes, E eu ávido os tocava em mais querer, Numa ambição insaciável dos amantes. Desfolhava-te o corpo, E em teu corpo eu sugava-te os desejos, Lambendo-te a carne, faminto como um cão, Bebendo-te, provocando-te ainda mais a secreção. E saciava-me, então, ainda em teus braços, Sibilava o amor balbuciando, Sentindo ainda pulsar os corações. Geraldo Altoé 2006
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 01/11/2006
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