DA MINHA SORTE
Eu cá nesta fazenda olhando o gado, Fitando a vaca ao cio toda faceira, Pensando em minha vida malfadada Querendo amar assim minha parceira... Mas ela vive ali naquela casa Nas miras do patrão, e amando outro... Talvez se olhe assim no espelho um douto, E de um analfabeto eu não passe. E quando ele vem, ela o recebe E o abraça e o beija, e eu do outro lado Batendo em meu trabalho... não percebem No olhar desse pião apaixonado. Mas eu não posso tê-la, sou da plebe, Não há em mim beleza e nem o fado. Patrick
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 14/06/2010
|