Altoé, Geraldo

POESIAS

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SONETO PARA UMA HORA TRISTE

Não sei cantar quando a ingrata sorte
Definha em meus pálidos encantos,
As aves moribundas perdem o canto
Nesta hora fatal em que chega a morte.

Assoma-se em mim o fim de tudo,
O engenho de meu estro se quebrou,
Quebrou a lira, nada mais me ilude,
O fanal da esperança se apagou.

Fui dos viventes o mais desgraçado,
Quanta avalanche eu tirei da estrada,
Quanta dor eu senti resignado.

De que vale lutar contra a tormenta,
O exausto caminheiro deixa o fardo
Quando suas pernas não o aguentam
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 23/01/2010
Alterado em 26/01/2010


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