NA MINHA ROÇA
É noite. O vento uiva lá na cumeeira, Bate às janelas como um viandante Que busca abrigo num lugar distante... E em meio a bambuais, voz agoureira. Tudo ouço fixando minha rede Nos grampos encravados na parede, Sem medo que houvesse alguém ali... Deito em minha rede e vou dormir. Lá na cidade não há nada disso. Quando se ouve um barulho é bicho Que vem roubar do mísero o pão. Aqui eu tenho ao luar um rancho, E essa rede onde eu descanso, E a guarda eu confio no meu cão.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 22/07/2009
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