A PROSTITUTA... ( Altoé)
Quando eu saio à rua à procura de homem Levo aos olhos um quê que parece-me a dor. E na bolsa guardado eu carrego um nome De alguém que não quis ser o meu grande amor. Tanto faz um qualquer, ou alguém com quem eu viva Se não estou com quem amo, tanto faz o prazer... Se com um homem que paga, ou com um outro que diga Cousas lindas que eu nunca vou compreender... É melhor estar solta, assim não firo ninguém... Só me ferem as horas em que finjo o amor... Porque é nessas horas que eu penso em meu bem. Eu não sei se o que faço é errada ou certo. O que eu sei é que em vez do prazer há um pavor Em saber que no oásis tenho a alma deserta
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 24/04/2009
Alterado em 24/04/2009 |