UMA PÉROLA NEGRA
Balbuciavas Aos toques sutis dos meus apelos. E ao silente pentear dos teus cabelos Ouvia a tua voz... Falavas... E a lampa iluminando os seios nus Que despontavam entre os lençóis na frouxa luz Daquele quarto a sós... Eram negros os seios na penumbra Que aos olhos do poeta ali deslumbram Qual doce arrebol... E negros os teus lhos em um negro olhar, E tenro e belo o corpo a despontar No fino beibidol... E eu fitava o amor em teu semblante, E eram os teus olhos dois diamantes Qual rutilante estrela... E eras a mais bela criatura... E a mais sublime flor e a mais pura Que um homem pode ter.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 22/04/2009
Alterado em 23/04/2009 |