O PASSADO DO PRETO VELHO
Olha como é linda a cachoeira...
Voam as andorinhas sobre as pedras E pousam nas ramas que nas fendas medram Da rocha em precipício... E as águas vêm descendo nas quebradas, E no olhar que ruma para o céu... As águas flutuam e formam a bruma Que da verde fronde da braúna Parece deslizar um longo véu... É a tarde sorrateira da montanha... Um lugar onde o feroz jaguar se banha Nas serras diamantinas... E o velho carreiro a descansar no cetro, Lá no casebre, esse homem preto Contempla o entardecer... E a tarde vai caindo em meio a tudo, E o homem a pensar na infância, mudo, Parece reviver.
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 30/11/2008
Alterado em 30/11/2008 |