O MUNDO VIRTUAL DO VÍCIO
Olha este coitado que o escultor detalha:
Tem por corrente o vício em seu corpo atado, E por fanal, sua sombra. Não é real em si na sua imagem. Vive na projeção de suas alucinações, Em um mundo platônico, cujas fantasias São as razões que o estruturam e o guiam Por mundos virtuais. Da arte esculpida não se vê Os grilhões que o prendem em não sei quê, Nem a pedra incandescente; É desta que a luz falsa se emana E do homem faz a estátua que engana A todos que o vêem. ( Para entender o poema deve-se ler o Mito das Cavernas de Platão)
Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 28/11/2008
Alterado em 30/11/2008 |